Foram menores do que se temia os problemas com a internet criados por um programa que infectou computadores em todo o mundo. Se você tentou abrir sites da internet nesta segunda-feira (9) e não conseguiu, atenção: seu computador pode ser uma das 4.394 máquinas brasileiras que ainda estão infectadas pelo DNS Changer.
Esse é o nome de um programa malicioso criado na Estônia, que a partir de 2007 infectou quatro milhões de computadores em mais de 100 países. Entre eles os da Nasa, a agência espacial americana.
O FBI, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, entrou em ação. Em novembro do ano passado, seis pessoas foram presas na Estônia acusadas de faturar US$ 14 milhões com a fraude.
Quando o internauta digita o nome de um site, por exemplo, o do Jornal da Globo, um sistema chamado DNS, formado por grandes servidores espalhados pelo mundo, traduz as letras para um código numérico. É uma espécie de identidade do site, que permite a conexão entre as máquinas. Os criminosos criaram servidores de DNS piratas que direcionavam os internautas para sites fraudulentos de propaganda, a fonte de faturamento deles, e tornavam os computadores mais vulneráveis a vírus.
Para evitar que milhões de pessoas ficassem sem acesso à internet de uma hora para outra, a justiça americana autorizou o FBI a limpar os servidores piratas e mantê-los funcionando por alguns meses. O prazo terminou à uma da manhã desta segunda-feira (9), horário de Brasília. Os servidores clonados foram desligados.
Na noite desta segunda, agências de notícias disseram que o temido blecaute não se confirmou e que foram poucos relatos de interrupção. O impacto foi menor porque Google, Facebook e muitos provedores alertaram os clientes, diz o representante do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Demi Getschko, que dá uma dica para quem não conseguiu se conectar. "Ele vai ligar para o provedor dele e vai ser instruído para colocar manualmente um DNS no micro dele para acessar explicitamente um servidor. Se, a partir daí o servidor funcionar, está resolvido o problema".
Se a batalha contra o DNS Changer foi vencida, não se pode dizer o mesmo da guerra contra os vírus. "É mais comum do que a gente imagina. Hoje nós detectamos uma média de 7.500 novas ameaças por dia na internet. As pessoas ainda acham que a internet é só entretenimento, mas por trás disso há riscos e as pessoas têm que se preocupar com esses riscos”, fala o diretor de suporte técnico da McAfee América Latina, José Matias
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Créditos: Globo.com
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